Percebo a importância da avaliação inicial para elaboração de um bom
programa de tratamento.
A abordagem da família e outras instituições permitem a percepção de
modos de lidar com o paciente e a influência desses modos como fatores
facilitadores da manutenção da dependência da substância. Isso nos leva a
considerar de capital importância a intervenção para além do individual,
abrangendo as relações sociais e laborais do paciente.
A investigação acerca da presença de abuso de substâncias entre os
ancestrais do paciente, também nos permitem compreender melhor o envolvimento
com abuso de substâncias.
O tratamento tem início na entrevista inicial com o paciente, destinada
à anamnese.
Esta deve ser bem elaborada e minuciosa, com empatia e deixando claro para o
paciente que não está sendo julgado, mas que o profissional está buscando
juntamente com ele a compreensão do que ocorre.
A negação é bem comum nesse tipo de paciente e o histórico nos ajuda a
detectar as vias de acesso para dar significado ao tratamento.
A entrevista motivacional é instrumento poderoso para a mudança de
comportamento e comprometimento com ou adesão ao tratamento. Nos favorece na
finalidade de trazer o paciente para compartilhar da compreensão de sua
necessidade de proceder a um tratamento e envolvê-lo na participação de um
programa de tratamento.
Os questionários de investigação auxiliam para aguçar a percepção do
paciente sobre seu real comprometimento com o abuso de substância.
Emfim, a elaboração precisa e detalhada com informações cruzadas,
considerando comorbidades,
torna-se útil para que a equipe terapêutica possa trabalhar mais coesa com
acesso a maior volume de informações.
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